AULA-FORA


CIRCUITO DE MUSEUS
De acordo com o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), museus são casas guardiãs de sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo por meio de imagens, cores, sons e formas.
Dessa maneira, os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes. O termo inclui acervos vivos como jardins zoológicos, botânicos e parques ecológicos.
Embora inspiradora, a definição parece não representar a visão que permeia o imaginário de grande parte de nossas crianças e adolescentes, que inclusive utilizam a palavra como sinônimo do que é velho ou antiquado.
Pensando na riqueza e na pluralidade dos espaços que a cidade de São Paulo possui – aliadas às excelentes exposições temporárias oferecidas neste semestre –, apresentamos o projeto Circuito de Museus. Selecionamos os museus mais relevantes da capital e estruturamos visitas com foco em mostras provisórias de grande relevância que desembarcam em São Paulo.


O Masp (Museu de Arte de São Paulo), por exemplo, recebe joias, afrescos e esculturas vindas do Antiquário de Pompeia, da Galeria Uffizi e de outras coleções italianos para Roma A Vida e os Imperadores. As peças, saídas pela primeira vez da Itália, se referem a um dos períodos mais intensos da civilização romana, o fim da República e a instituição do Império.                 
                                                   Já o Museu da Língua Portuguesa
por sua vez, dá sequência à sua série de bem-sucedidas mostras sobre grandes autores do nosso idioma. O espaço ao lado da Estação da Luz, que já homenageou a obra de Fernando Pessoa, João Guimarães Rosa e Machado de Assis, realiza, nos primeiros meses de 2012, a exposição Jorge, Amado e Universal, sobre o escritor baiano Jorge Amado. Nas visitas, os educadores da 
                         
Diverte Culturalalém de promover o contato dos visitantes com os acervos específicos de cada local, desenvolvem assuntos correlacionados, como memória, patrimônio, identidade, conservação, construção da história e intencionalidade, entre outros. Sempre considerando a faixa etária e repertório prévio de cada grupo. Veja abaixo algumas sugestões elaboradas por nossos profissionais.

          
ESPAÇOS MUSEOLÓGICOS
Com exposições temporárias programadas
MASP
Museu de Arte de São Paulo
Roma – A Vida e os Imperadores
Museu Afro Brasil
O Sertão: da Caatinga, dos Santos,
dos Beatos e dos Cabras da Peste.
Museu da Língua Portuguesa
Jorge, Amado e Universal
Museu do Futebol
Vestiário
Museu Paulista
(do Ipiranga)
O Morar Paulistano
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Alberto Giacometti

ESPAÇOS MUSEOLÓGICOS
Acervos Permanentes
Espaço Catavento Cultural
Jardim Botânico
Memorial da Resistência
Museu de Arte Sacra
Parque da Cantareira – Núcleo Engordador
Parque da Cantareira – Núcleo Pedra Grande



Caminhos do mar




Estrada velha de Santos



São oito quilômetros de descida em meio a Mata Atlântica.
Localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, o Caminhos do Mar mistura ecoturismo com história, levando os alunos a conhecer detalhes de uma das mais ricas biodiversidades do planeta - a mata atlântica - sem deixar de lado passagens marcantes da história brasileira e um rico patrimônio arquitetônico destacado por monumentos datados de 1922.

Os atrativos principais são a Estrada Velha de Santos, passando por monumentos históricos como o Rancho da Maioridade e a Calçada Lorena de 1792. Um dos chamados Caminhos do mar de São Paulo, foi aberta, ao final do século XVIII, em função das precárias condições do Caminho do Padre José de Anchieta, que inviabilizavam o transporte do açúcar e demais gêneros do planalto de Piratininga, pela Serra do Mar, até ao porto de Santos, no litoral.
Desse modo, em 1790 iniciou-se uma nova via, calçada de pedras, por determinação do governador da capitania de São Paulo, Bernardo José Maria de Lorena. As obras ficaram a cargo do Brigadeiro João da Costa Ferreira, engenheiro da Real Academia Militar de Lisboa. Concluída em 1792, estendia-se por 50 km, reduzindo em cerca de 20% o percurso entre Santos e São Paulo de Piratininga.
É considerada uma das maiores obras da engenharia na colônia, à época, uma vez que transpor os mais de 700 metros de desnível representados pela serra do Mar, numa região de mata densa e altos índices pluviométricos, foi um desafio que, para ser vencido, exigiu de seus construtores a adoção de técnicas ainda inéditas na Capitania de São Paulo. A pedra foi utilizada na pavimentação, na construção de muros de arrimo e de proteção junto aos despenhadeiros e nos canais pluviais da Calçada. Nas curvas do trecho de serra, caixas de dissipação desviavam para fora da via as águas conduzidas pelos canais pluviais.
Disciplinas Envolvidas:
·         Geografia
·         História
·         Matemática
·         Biologia
·         Educação Ambiental
·         Educação Física
Temas abordados:
·         Histórico dos antigos caminhos pela serra
·         Colonização do Estado de São Paulo
·         Características e diversidade da fauna e flora da Mata Atlântica.
·         Situação atual da Mata Atlântica e necessidade de conservação.
·         Meio ambiente e sociedade, desmatamento.
·         Bioma Mata Atlântica e seus ecossistemas associados
·         A importância da integração entre o homem e a natureza.
·         Relevância da preservação das florestas, nascentes, rios e importância da água para todo ser vivo.
·         Ciclo da água.
·         Conscientização e sensibilização dos alunos para a relevância da conservação do meio ambiente.
Faixa Etária Recomendada: Fundamental II e Ensino Médio.
O Caminhos do Mar oferece duas opções de visita:
Roteiro histórico: O percurso de 8 Km começa no alto da Serra do Mar, é realizado a pé pela estrada Velha de Santos, em meio à Mata Atlântica, passando por nascentes, cachoeiras e pelos monumentos históricos construídos em 1922, chegando até o Cruzeiro Quinhentista, em Cubatão. Durante a caminhada é observada a Mata Atlântica e sua diversidade de fauna e flora.
Duração: 4 horas.

Roteiro energético: visita a Usina Hidrelétrica de Henry Borden (externa e subterrânea), construída no século passado e ainda em operação.
Duração: 3 horas


  
ROTEIRO DOS BANDEIRANTES


Essa é uma viagem pelo interior e pela história de São Paulo.
O Roteiro dos Bandeirantes é o traçado por onde passaram os desbravadores que partiram da Vila de São Paulo de Piratininga em suas andanças pelo então desconhecido território nacional.
As cidades do Roteiro são um pólo de referência histórico-cultural para todo Brasil. São museus, fazendas, trilhas e caminhos dignos de serem explorados por novos desbravadores.
A viagem é uma excelente oportunidade para o aluno se aprofundar na história do Brasil, pisando nas mesmas terras por onde passaram personagens como Bartolomeu Bueno da Silva – O Anhanguera e Fernão Dias Paes Leme, o Caçador de Esmeraldas, homens que deram, com bravura e determinação, o formato que o Brasil tem atualmente. Observaremos ao longo do percurso o rio Tietê em direção ao interior, chamado pelos índios de rio Anhembi, que tanto auxiliou na expansão territorial empreendida pelos paulistas no período colonial. Sua importância histórica e o interesse em sua despoluição e preservação - até mesmo para garantir futuramente um programa de abastecimento de água potável à população metropolitana de São Paulo. O Roteiro dos Bandeirantes é formado por 180 quilômetros. Durante o estudo do meio visitaremos as cidades de Santana do Parnaíba (Praça e Coreto Maestro Bilo, Museu Anhanguera e Igreja Matriz Nossa Senhora Sant'anna), Itu (Museu Republicano Convenção de Itu, Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária, Praça central – orelhão e semáforo gigantes, tour pela cidade, compras e almoço) e Porto Feliz (Parque das Monções - Paredão de Araritaguaba e Museu Histórico e Pedagógico das Monções). Passaremos pela Estrada dos Romeiros e Estrada Parque (gruta em homenagem a Nossa Senhora da Glória) durante o trajeto há para cidade de Pirapora do Bom Jesus onde o leito do rio Tiête se apresenta mais poluído na rota.
Disciplinas Envolvidas:
·         Geografia
·         História
·         Ciências/ Biologia
·         Química
·         Educação Ambiental
Temas abordados:
·         Conceito do Roteiro dos Bandeirantes.
·         Histórico e importância do rio Tietê.
·         Conhecer o histórico das cidades visitadas e das cidades que integram a rota.
·         Observar a arquitetura colonial das casas.
·         Principais personagens.
·         Observar os aspectos geográficos da região e as culturas desenvolvidas.
·         Produtos e posturas que poluem o Tietê.
·         Processo de depuração do rio.
·         Problemas atuais do rio Tietê.
·         Degradação e mudanças no Rio Tietê ao longo do trajeto, pontuando a modificação no seu leito nos trechos urbanos, rural, nascente até sua foz.
·         Processo de formação das cidades às margens do rio.
·         Barragem Edgar de Souza, sua função, e entender a interferência humana em um ambiente natural.
·         Projetos direcionados a recuperação do Tietê como Projeto Pomar.


·       Relevância da preservação das nascentes, rios e importância da água para todo ser vivo.
·         Ciclo da água.
·         Poluição das águas.
·         Conceitos de reflorestamento, mata ciliar, assoreamento.
·         Papel dos Bandeirantes na fundação das cidades e expansão do território brasileiro.
·         Desmistificação da figura do Bandeirante.
·         Aprender sobre as Bandeiras: Bandeira de Apressamento, Bandeira de Monções, Bandeira de Metais Preciosos.
·         Conscientização e sensibilização dos alunos para a relevância da conservação do meio ambiente e do patrimônio histórico.
Faixa Etária Recomendada: Fundamental I e II e Ensino Médio.
Duração do Roteiro: Período Integral.

Postado por: Karina Flamino Fernandes



AULA FORA


 Há três anos a direção da Escola Municipal de Educação Infantil O Mundo da Criança, localizada na Cohab 2, resolveu mudar a forma de educar os alunos. Para isso, teria que haver, além da participação dos professores, a compreensão dos pais, já que era um projeto audacioso. Após várias reuniões, nascia o ProjetoCulturaApropriação que fica”, que tem como objetivo realizar atividades culturais, dentro e fora da sala de aula.
“Naquela época a maioria das crianças ficavam das 7h30 às 18h na escola, então a gente precisou fazer algo diferente, para que ela pudesse vivenciar o conhecimento de uma maneira mais agradável”, explica Dóris Borba Mareth, diretora da escola.
A partir daí, ficou definido que todos os meses, as crianças teriam atividades diferentes, onde pudessem expor suas dúvidas, que seriam descobertas e respondidas com os passeios e exercícios. “A nossa ideia é fazer com que, aquele conhecimento que a criança adquiriu ninguém mais tire dela, e isso é feito através dela viver um pouco da cultura, do lazer, principalmente fora da sala de aula”, salienta a diretora.



Um dos passeios, que está marcado para esse mês, é o passeio no shopping. As crianças terão a oportunidade de poder passear pelas lojas, andar de escada rolante e no final, tomar um sorvete. Para a diretora da escola, esse é um momento especial para as crianças: “Essa atividade é fundamental para que essas crianças possam se sentir um pouco independente, sem a presença do pai, sair com o amiguinho e olhar as vitrines, conhecer novas pessoas, interagir”.


Outra atividade prevista é levar os alunos para acompanharem uma competição de hipismo, prevista para março. Segundo Dóris, os próprios professores também aprendem com essas atividades: “Eu lembro que nós fomos em uma dessas competições, e a cada salto a gente aplaudia, e depois ficamos sabendo que só poderia vibrar com o encerramento da prova, então é um aprendizado para todos”, salienta a diretora.
Mas toda essa atividade também tem o outro lado, o valor educacional. Depois de cada passeio, os alunos retornam para a sala de aula e aí é o momento em que elas tiram todas as dúvidas sobre o que vivenciaram naquele dia. 


Parceria

A
Escola O Mundo da Criança conta com 200 alunos. A maioria dos pais colabora com certa quantia em dinheiro, para pagar as despesas com transporte, alimentação, ingressos com cinema, entre outros custos. Mas o valor muitas vezes é insuficiente. Para resolver essa questão, a instituição conseguiu uma importante parceria.
A empresa
Lavoro – BSMAQ BSBIOS Comércio de Máquinas e Serviços LTDA, Concessionária John Deer para Passo Fundo, irá cobrir até 50% dos gastos com as atividades durante esse ano. “Eu apresento as notas para a empresa, que faz o ressarcimento do valor que lhes compete, e os pais entram com outra parte”, explica a diretora.
A escola também pede para que, as empresas ou pessoas interessadas em serem parceiras do projeto, que entrem em contato com a
instituição, através do telefone 3314.5290.
  
Aprendizado fora da sala de aula

O Parque Zoobotânico possibilita outra maneira de aprender ciência

Que tal uma aula ao ar livre? Não, este não é o sonho de crianças e jovens. É a realidade do Parque Zoobotânico. Por meio de atividades didáticas, desenvolvidas pelo Serviço de Educação e pelo Serviço do Parque Zoobotânico, estudantes podem conhecer as pesquisas realizadas pelo Museu Goeldi de uma forma diferente do método tradicional adotado pelas escolas.

São diversas possibilidades de ver, cheirar e tocar, de perceber a natureza à nossa volta. Animais, plantas, exposições, pesquisas, tudo serve de fonte de conhecimento para descobridores. O
Parque Zoobotânico funciona como uma sala de aula viva, que proporciona aos visitantes conhecimentos sobre o ecossistema e o homem da região amazônica.



Um dos exemplos desta interação é o projeto Clube do Pesquisador Mirim, que há treze anos reúne crianças e adolescentes em torno de projetos de iniciação científica. O Clube é organizado em turmas com diferentes eixos temáticos, ofertadas anualmente, como biodiversidade, espécies ameaçadas de extinção, sustentabilidade e diversidade social. No decorrer dos encontros semanais, os estudantes produzem algo que expresse os resultados da pesquisa, como jogos, kits educativos, cartilhas, multimídias, vídeos, etc., apresentado em uma grande feira de ciências.



Mas não são apenas os pesquisadores mirins que podem usufruir do aprendizado pelo Parque. Todos os visitantes têm acesso às atividades educativas realizadas pelo Museu Goeldi, seja por meio de visitas escolares, de campanhas educativas, de oficinas e minicursos ou do trabalho dos monitores ambientais. De maneira criativa, o Parque Zoobotânico funciona como um centro de educação sadio e familiar, proporcionando a aproximação de jovens e adultos às pesquisas e problemas da Amazônia.




Postado por: JULIANA ESCOBAR DOS SANTOS


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