PENSA QUE ACABOU?


Propus neste momento atividades que englobam todas as disciplinas do Ensino Fundamental I

Vejamos:

ARTE


Obras e pintores de todo o Brasil são um rico conteúdo
Ao aproveitar a diversidade da produção que retrata a cultura de sua cidade ou de seu estado, você ajuda a desmistificar o fazer artístico e amplia o repertório dos estudantes
Estudar obras de artistas locais inspira a turma a criar

Quais pintores escolher para organizar uma proposta como essa? Depende dos objetivos a serem alcançados pelos alunos. Porém um cuidado básico do educador é garantir que haja diálogo entre os temas trabalhados pelos artistas, as técnicas, os materiais e a linguagem. Sumaya sugere, inclusive, que o trabalho não se restrinja aos representantes da arte local. O ideal é pesquisar e também levar à sala pintores de cidades, estados ou até países diferentes que explorem a mesma temática ou técnica. "Isso ajuda a turma a entender como a realidade local influencia a obra do artista", diz ela. No projeto da garotada da Ludovico Cuccolo, por exemplo, uma boa ideia teria sido associar as obras do suíço naturalizado alemão Paul Klee (1879-1940) às de Cascaes, já que os dois pintores trabalham com seres fantásticos.

Como conduzir o projeto? A apreciação das obras é uma das fases fundamentais e isso precisa ser contemplado. Ao apresentar as réplicas de três quadros de Cascaes (Boitatá, Bruxa Fera da Ilha da Madeira e Boitatá do Rio Tavares), Julmara tinha como objetivo que os alunos interpretassem o que viam e observassem os aspectos formais da obra.

As crianças puderam opinar livremente. Uma delas chamou a atenção dos colegas para o fato de todo o espaço da tela ter sido ocupado pelo artista. Outra falou sobre as intenções do pintor ao apreciar uma obra que retratava o mito do boitatá: "Acho que ele queria deixar a gente com medo do que está vendo".

Houve também quem reconhecesse em um dos quadros de Cascaes um personagem folclórico familiar à população local, o boi de mamão. "O desafio dessa tarefa não é errar ou acertar, mas ser sensível à arte", explica Marisa Szpigel, coordenadora de Arte da Escola da Vila e do Departamento Educativo da Fundação Bienal, ambas em São Paulo.

É comum durante a apreciação das imagens o professor intervir demais nas observações dos estudantes. Em vez disso, é melhor deixá-los perguntar o que gostariam de saber, promover debates e socializar opiniões.

A experimentação é outra fase que precisa ser promovida, momento ideal para a criançada vivenciar o processo criativo dos artistas estudados e provar as técnicas e os materiais usados por eles. Julmara analisa que essa foi uma etapa importante para a turma reconhecer que fazer arte não é um dom. "Os estudantes compreenderam que isso exige conhecimento, pesquisa e técnica", diz. Porém essa atividade não pode se tornar uma tentativa de copiar as obras estudadas. Para não cair nesse erro, pensar bem no tipo de proposta a apresentar é fundamental. Se o artista, por exemplo, trabalha com a temática social da região, os alunos podem fazer uma investigação sobre mais questões a esse respeito para fazer delas o foco de suas produções. Os estudantes da Ludovico Coccolo experimentaram trabalhar com natureza-morta, tema explorado por Vera - mas Julmara criou um cenário exclusivo para que eles fizessem desenhos de observação. "A intenção era que se apoiassem no trabalho dela."

Para finalizar o projeto sobre arte local, a educadora encaminhou os alunos a criar obras lançando mão de todos os temas, as técnicas e os materiais que já tinham descoberto, analisado e experimentado. Garantiu, especialmente, que as crianças pudessem vivenciar a oportunidade, cada um a sua maneira. Uma delas, com necessidades educacionais especiais (NEE), por exemplo, optou por outra ferramenta, em vez da pena mosquito na hora de pintar com nanquim (leia a última página).

O trabalho de reflexão - a terceira ponta do triângulo didático de Arte, completado pela apreciação e experimentação - ocorreu durante todo o projeto. Os estudantes sempre eram instigados por Julmara a se aproximar dos artistas estudados e analisar o percurso de trabalho deles, o que as obras despertavam no público e como as imagens dialogavam com a cultura e com a paisagem locais, elementos já conhecidos.

Tão importante quanto a reflexão da criançada foi o empenho de Julmara em refletir sobre sua trajetória como mediadora do conhecimento. Ela fotografou todas as aulas e fez registros escritos delas, hábito que adquiriu no estágio obrigatório durante o curso de licenciatura em Artes Visuais. O material ajudou a educadora a acompanhar o desenvolvimento das crianças e avaliar a aprendizagem delas. "Também uso os registros para analisar o que deu certo e planejar as próximas ideias", afirma.

Como você pode notar, o modo como Julmara organizou as atividades para o projeto foi um ganho para todos, incluindo ela. Uma prova de que qualquer local do país fornece subsídios para um bom trabalho na disciplina de Arte. Estude, pesquise e avalie o entorno da escola em que você atua. Descubra quais os artistas da região que, como Cascaes e Vera, podem descortinar muitas aprendizagens para a turma.


CIÊNCIAS



Projeto
Orientação sexual (projeto institucional)
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Objetivos
- Envolver professores e pais no trabalho de orientação sexual dos estudantes.
- Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro).
- Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos.
- Dar informações sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
- Conscientizar sobre a importância de uma vida sexual responsável.
Conteúdos
- Sistema reprodutivo
- Corpo humano
- Padrões de beleza


Anos
1º a 5º.

Desenvolvimento
1ª etapa
Prepare a escola e a comunidade:

Capacitação da equipe
Professores e funcionários devem estar preparados para lidar com as manifestações da sexualidade de crianças e jovens. Um curso de capacitação sobre os principais temas (como falar e agir com crianças e adolescentes; prazer e limites; gravidez e aborto; DSTs etc.) é o mais indicado. Além disso, os formadores podem ajudar a identificar os conteúdos das diversas disciplinas que contribuem para um trabalho sistemático sobre o tema.
Envolvimento dos pais
Faça uma reunião com as famílias para apresentar o programa. Aproveite para falar brevemente sobre as principais manifestações da sexualidade na infância e na adolescência.
Formação permanente
Organize um grupo de professores para estudar temas ligados à sexualidade e discutir as experiências em sala de aula.


2ª etapa
O trabalho em sala de aula exige que você fique atento às atitudes e à curiosidade das crianças, pois são elas que vão dar origem aos debates e às atividades propostos a seguir:

Vocabulário da sexualidade
Palavrões são comuns nas conversas infantis e podem ser usados para fazer graça ou para agredir. Mas eles perdem rapidamente o impacto quando você os escreve no quadro. Explique o significado de cada um, deixe claro que todos podem ser ofensivos e, por isso, não devem ser usados - principalmente em público. Caso as palavras façam referência aos órgãos sexuais, levante as outras que a turma conheça para pênis e vagina. Escreva no quadro os termos corretos e utilize-os nas conversas sobre o tema.

Padrões de beleza
Ao perceber que os alunos debocham da aparência de um colega, um bom caminho é promover um debate sobre padrões de beleza. Que tal passar o filme Shrek? Por que a princesa Fiona se esconde quando vira ogra? Ela só é aceita quando aparenta ser bela? Que qualidades têm os personagens? É justo que as pessoas evitem quem não acham bonito? Outro bom exemplo é a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. A modelo é bonita? Explique que, na época em que foi pintada, ela era (sim) um padrão de beleza. Divida a turma em duplas e peça que cada um descreva qualidades ou algo que ache bonito no colega.




EDUCAÇÃO FÍSICA


Materiais para as aulas de circo

Inspirados pelo projeto campeão da professora Fernanda Pedrosa, da EM José de Calasanz - vencedora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 em 2011 - os professores Cristiane Cassoni e Kiko Belluci ensinam como fazer materiais acessíveis para as aulas de circo. Cada um dos vídeos contém sugestões de flexibilização para incluir todos os alunos nas atividades, inclusive aqueles com deficiência.

COMO INCLUIR OS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS AULAS DE CIRCO

As flexibilizações são oferecidas de acordo com as possibilidades do aluno e isso varia muito. Cada um desenvolverá habilidades muito particulares, de acordo com seu tipo de limitação ou deficiência. Por isso, atente para os seguintes fundamentos gerais:
- Identifique as possibilidades e competências do aluno, pois essas mostrarão a forma como ele poderá participar.
- Pergunte ao aluno como ele poderia ou gostaria de participar. Incentive-o a mostrar suas possibilidades, mostrando que ele pertence ao grupo.
- Peça ao grupo sugestões de estratégias para flexibilizar as atividades desenvolvidas - essa também é uma forma de envolver a todos.
- Elabore formas de participação do aluno com outras funções, atentando que elas sejam sempre colaborativas -- não segregadas ou paralelas.
- Dê mais tempo para a execução de cada exercício.
- Conte com a experiência dos profissionais de saúde que atendem o aluno. Eles podem tem colaborações valiosas sobre as potencialidades do aluno, bem como recursos e estratégias utilizadas.
- Realize flexibilizações nas diversas dimensões do planejamento: objetivos (podem ser reformulados para um determinado aluno num dado momento), estratégias ou recursos. A avaliação deve ser adequada à mudança de objetivo.

Malabares: bolas, claves, aros e swing poi

Flexibilização para alunos com deficiência física e com mobilidade de membros superiores (braços)

- Use pedaços de tule (material mais leve e com tempo de recuperação maior), bexigas presas a barbante ou bolas presas a tiras de velcro (nos casos em que a criança não consegue segurar os materiais)
- Confeccione bolas do tamanho da palma da mão da criança.
- Confeccione bolas de balão - assim, as bolinhas escorregam menos das mãos da criança e dão mais firmeza e segurança.
- Acrescente velcro ao swing poi e ao prato chinês.
- Amplie o tempo de realização das etapas: a criança pode demorar mais tempo para conseguir lançar duas bolas ou duas claves ao mesmo tempo.

Equilíbrio: pé de lata
Flexibilização para alunos com deficiência física e mobilidade de membros superiores (braços)
- Sugira que o aluno equilibre o material com as mãos.
- Ofereça uma função alternativa, por exemplo, como ser o guia do trajeto a ser percorrido.
- Trabalhe o equilíbrio por meio do contato com o tambor. Com ajuda do professor, a criança se deita no aparelho e vivencia o contato com ele.
- Dê mais tempo para a execução do exercício.




Geografia


Pontos cardeais: orientação, lugar e paisagens
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Mais sobre Geografia
Reportagens
Plano de aula
Aproveite o entorno da escola e as ferramentas disponíveis na internet para trabalhar o conhecimento sobre os pontos cardeais

Objetivos
- Ampliar as noções de referência espacial.
- Utilizar, no seu cotidiano e em mapas, os referenciais espaciais de localização e orientação.
- Representar os lugares onde vive e se relaciona.


Conteúdos
- Orientação pelo Sol.
- Pontos cardeais e colaterais.


Anos
3º a 5º

Tempo estimado
Seis a oito aulas.

Material necessário
Caderno de anotações, régua, papel e lápis.
Laboratório de informática com acesso a internet ou mapa do bairro e da cidade.


Flexibilização
Para alunos com deficiência intelectual

Uma conversa com os pais ou responsáveis por levar o aluno com deficiência intelectual à escola pode ser útil para que ele atente para a incidência do sol em diferentes momentos do dia. Se necessário, antecipe algumas etapas para que o seu aluno se familiarize com a proposta e repita algumas das atividades desta sequência, como a localização dos pontos cardeais tomando como base a posição do próprio corpo. É importante que o seu aluno compreenda que norte-sul, leste-oeste indicam direções opostas. Mostrar os pontos cardeais em mapas, no Google Maps ou mesmo marca-los com cartazes fixados na sala de aula são boas sugestões para ajudar na aprendizagem da criança com deficiência intelectual. O trabalho em duplas no jogo da rosa dos ventos, por exemplo, também contribui para o desenvolvimento do aluno. Explore materiais que tornem os pontos cardeais mais palpáveis para o aluno e próximos de seu cotidiano - as crianças com deficiência intelectual costumam ter mais dificuldade para compreender ideias abstratas. No contraturno, conte com a ajuda do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para desenvolver outras habilidades importantes para o desenvolvimento do aluno, como a coordenação motora e a comunicação.

Desenvolvimento
1ª etapa

Comece fazendo perguntas e peça que seus alunos registrem as respostas no caderno: como o Sol afeta cada um de vocês no trajeto de casa para a escola? Ele "bate" de que lado de seu corpo quando você se desloca (a pé, de carro ou de ônibus) nesse caminho? Em quais partes da sua casa tem Sol pela manhã? E à tarde? O Sol incide sobre a sala de aula enquanto estamos na escola? Em que horários? Solicite que nos próximos dias eles façam no caderno um diário das posições do Sol, anotando onde ele está quando acordam, quando vão para a escola e quando voltam para casa. Peça também que após as observações desenhem o trajeto de casa à escola ou vice-versa.

2ª etapa
Explique que o Sol surge todos os dias, não necessariamente no mesmo lugar, mas no mesmo lado da Terra e que este lado do planeta foi denominado desde a antiguidade de leste ou nascente. Informe também que o Sol se põe ou desaparece, também não exatamente no mesmo lugar, mas no mesmo lado da Terra e que este lado é chamado de oeste ou poente. Explique que tais nomes foram criados na antiguidade quando o homem pensava que o Sol girava em torno da Terra. Com base nos conhecimentos que os alunos obtiveram em suas observações ajude-os a identificar o leste. Solicite então que se levantem e fiquem de frente para a parede identificada como o lado leste e lembre que do lado contrário estará o lado oeste, do lado direito estará o sul e do lado esquerdo, o norte. Agora peça que apontem o braço direito para o lado leste e digam de que lado fica o oeste (do lado esquerdo), o norte (à frente) e o sul (nas costas).

Peça que todos saiam da posição, troquem de lugar e depois repita a atividade, pedindo agora que os alunos se posicionem de costas para o leste. Ajude-os a identificar as demais direções. Fazendo esses diferentes exercícios eles começarão a compreender que há várias possibilidades de utilizar o próprio corpo para se orientar no espaço.

3ª etapa
Informe que eles vão aprender a se orientar geograficamente em seus deslocamentos após entender os movimentos do Sol. Desenhe a rosa dos ventos no chão da sala e apresente os pontos cardeais e colaterais. Explique que os nomes dos pontos cardeais foram criados pelos homens para demarcar suas posições e deslocamentos no espaço, especialmente quando precisavam percorrer longas distâncias. Relembre que apesar do nome eles indicam todo um lado da Terra e não um ponto específico.

Proponha um jogo em que a turma se desloque pela sala. Um aluno dá o comando, o outro segue e depois troca (por exemplo: Miguel vá para o leste, João siga para sudeste, Pedro vá para Noroeste). Para facilitar o trabalho desenhe uma rosa dos ventos no chão do centro da sala de aula (lembre-se de fazer o desenho tendo como referência a posição real da sala em relação ao Sol e não simplesmente reproduzindo o desenho tal como ele aparece nos livros didáticos).


4ª etapa

Oriente os alunos a fazer o desenho de sua sala de aula e a produzir sua própria rosa dos ventos, colocá-la sobre seu desenho e utilizá-la para indicar sua posição, a dos colegas e de outros referenciais.

5ª etapa
Peça que as crianças contem para os demais o que observaram com relação à posição do Sol em seus caminhos. Informe que agora eles aplicarão esses conhecimentos aos mapas.

Leve a turma para o pátio e peça que observe a posição do Sol e a localização de espaços como a quadra, a cozinha e o banheiro. Peça que olhem ao redor destacando o que fica em cada lado (norte, sul, leste e oeste) e depois que se desloquem em direção ao sul, até o ponto mais distante do pátio. Chegando ao extremo sul do pátio, oriente-os a ficar de frente para o norte, a anotar em sua folha as direções cardeais e colaterais e a desenhar o que estão vendo.

Explique que atualmente a maioria dos mapas utiliza o norte como referência (ou seja, apresentam na parte superior do papel os lugares e paisagens que ficam ao norte) porque se trata de uma convenção (ou regra) estabelecida pelos cartógrafos. Mostre a eles alguns mapas que ilustram essa afirmação (mapa-múndi, mapa do Brasil, mapa do Estado etc). Informe também que, embora seja uma convenção adotada atualmente, não há erro em utilizar outras referências para desenhar os mapas. Isso inclusive já foi feito no passado.

Você pode encontrar
exemplos de mapas antigos no site do Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (Labtate) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e também no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Avaliação
Leve a classe ao laboratório de informática para explorar o mapa ou a imagem de satélite dos bairros em que residem. Um dos sites que você pode utilizar é o Google Maps.

Se os alunos não souberem o que é uma imagem de satélite e como utilizá-la para fazer mapas, você pode utilizar uma
animação contida no site da UFSC.

Ajude-os a localizar sua cidade e seu bairro no mapa. Informe que este mapa (e imagem) está orientado a partir do norte e pergunte onde está o leste. Com base nessas informações os alunos deverão posicionar seu mapa (do trajeto casa-escola) com o do site (caso não os tenha produzido orientados para o norte) e compará-los procurando responder questões como: Em que direção você se desloca para ir da sua casa até a escola? Qual é a posição geográfica da escola em relação ao bairro ou à cidade?

Caso não tenha acesso à internet na escola, realize a mesma atividade utilizando um mapa (como aqueles disponíveis nas listas telefônicas) ou obtenha o mapa do bairro, da cidade ou fotografias aéreas nos órgãos públicos locais.

Analise o itinerário feito pelos alunos e confira as informações contidas em cada um.



HISTÓRIA


Crianças indígenas de ontem e hoje
Comparar o modo de viver de diferentes povos em épocas distintas é uma maneira eficiente de discutir a diversidade

 MODOS DE VIVER Entre o povo kamayurá, no Norte do Brasil, as ocas eram construídas com estruturas de madeira e taquara, além da cobertura de palha. Elas não têm divisão interna e servem de moradia para várias famílias. Hoje, estas habitações continuam a existir nas aldeias.
Propor um estudo sobre crianças indígenas do passado e do presente é uma forma de aproximar as turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental de um dos conteúdos da disciplina: a história dos índios do Brasil. Essa abordagem é resultado de uma pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos e que foi publicada no livro Connecting Children with Children - Past and Present (Conectando Crianças com Crianças: Passado e Presente, ainda sem tradução no Brasil). "Com esse recorte, trazemos o modo de vida das crianças indígenas de outras épocas para os dias de hoje", explica a historiadora Maria Auxiliadora Schmidt, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Essa proposta de trabalho tem outro benefício: romper com as generalizações que ignoram as características dos 230 diferentes povos que habitam o Brasil (leia o quadro abaixo). Hoje, há 500 mil índios no país, segundo um levantamento da Fundação Nacional do Índio (Funai) de 2011. Eles formam um conjunto diverso: há os que vivem isolados ou mantendo pouco contato com outros povos e os que estão integrados ao restante da população brasileira. Nesse segundo grupo, o cotidiano não segue um padrão, pois eles vivem realidades diferentes. Alguns frequentam escolas indígenas e aprendem o português como Língua Estrangeira. Outros fogem da falta de terra e da pobreza do campo, migrando para as periferias de grandes cidades. Há ainda etnias que cultivam brincadeiras típicas, embora tenham abandonado os adornos tradicionais. Uma realidade multifacetada que a escola precisa problematizar.

É importante reforçar para os alunos que a imagem do selvagem de cocar e penas, cristalizada no imaginário de muitos, não corresponde à realidade. "Ela já não explica a complexidade de situações que atualmente envolvem os modos de ser indígena e precisa ser repensada", diz o antropólogo Florêncio Almeida Vaz Filho, docente da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Os erros mais comuns
- Trabalhar temas da cultura indígena em datas pontuais, como o Dia do Índio. A história dos índios não pode ser tratada só em efemérides, com ênfase em aspectos exóticos ou como uma curiosidade.

- Encarar as etnias indígenas como um todo homogêneo, descontextualizadas de seu tempo histórico. Tal abordagem reforça estereótipos e idealizações. A diversidade das populações indígenas e os conceitos de sua história devem ser debatidos



LÍNGUA PORTUGUESA



Descubra as palavras (2ª série)

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Data:..............................................................
Descubra as palavras e escreva nos quadros:



MATEMÁTICA

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Plano de Aula
"Donald no País da Matemágica": geometria e fantasia
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Introdução
Donald no País da Matemágica é uma viagem em um mundo de fantasia onde as árvores têm raízes quadradas. Disney usa a animação para explicar o pentagrama que contém a regra de ouro e, baseado nele, explica a relação de proporção do retângulo de ouro, que representava para os gregos a lei da beleza matemática. "A obra é questionável ao associar a disciplina à mágica e apresentá-la como uma tarefa para intelectuais. Mas algumas cenas contribuem para explorar a relação das teorias matemáticas com a música, a arquitetura e a arte", afirma Priscila Monteiro, consultora pedagógica da Fundação Victor Civita (FVC).

Objetivo
Resolver problemas utilizando as relações entre as figuras geométricas.

Conteúdo
Modelização matemática: propriedades e proporção de figuras geométricas.

Trecho selecionado
O que mostra a proporção áurea (7m23s a 10m46s).

Atividade
Passe o trecho do filme para os alunos e em seguida promova uma conversa sobre o que assistiram. Organize a turma em duplas e distribua um tangram para cada uma. Proponha que elas construam três figuras diferentes utilizando as peças do jogo e desenhe os contornos. Exponha os contornos desenhados e promova uma discussão sobre as peças usadas pela garotada para compor cada figura.

Avaliação
Confeccione um cartaz com os paralelogramos abaixo e peça que os alunos os construam com peças do tangram. Analise se as crianças usaram os conhecimentos adquiridos para compor as figuras.



 POSTADO POR: KARINA FLAMINO FERNANDES


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